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CASE

Sapatos Apertados
Sapatos Apertados

Nosso Cliente

Empresa varejista de sapatos, bolsas e acessórios.

Desafio

Em 2016, auge da crise 2014/2018, a varejista sofreu uma queda nas vendas e, por isso, reduziu drasticamente o volume de pedidos de seus fornecedores. Como consequência, alguns deles fecharam as fábricas do dia para a noite, dispensando grande parte do seu pessoal. Apesar de não haver previsão de exclusividade contratual com tais fornecedores, na prática, essas indústrias atendiam quase que exclusivamente nosso cliente. Também do dia para a noite, começaram a aparecer ações trabalhistas com valores muito altos, citando nosso cliente como responsável solidário pelo passivo trabalhista da rede de fornecedores.

O cliente, inicialmente, procurou os melhores advogados trabalhistas do país, porém o risco de penhora em contas bancárias da empresa era claro e iminente.

Nossa Solução

Acreditamos que o primeiro passo para resolver qualquer controvérsia é entender, exatamente, onde os interesses estão desalinhados. Nesta situação, os interesses estavam perfeitamente alinhados entre fornecedores (desmobilizar uma operação fabril transferindo os custos trabalhistas para o cliente), empregados (pleitear valores de todo o passado com risco de crédito nulo), advogados trabalhistas (assédio nas portas das fábricas para gerar uma máquina de honorários ad exitum) e juízes trabalhistas (em comarcas pequenas, os juízes trabalhistas viram “gestores de políticas sociais”).

Mesmo na remota hipótese de “sucesso” ao final dos processos trabalhistas, não é difícil imaginar que, após 10 anos de longa batalha nos tribunais, o cliente dificilmente recuperaria o seu crédito contra os fornecedores. Isso sem contar a energia, foco e os honorários dos advogados patronais gastos na jornada. Estava claro que nesse jogo só havia um perdedor.

A solução nos parecia estar longe dos livros jurídicos e leis trabalhistas: ao contrário, a conciliação de interesses só seria atingida pela negociação ética e bom senso. Dentro desse cenário, excluímos qualquer conversa com os advogados trabalhistas – também seria

impossível abrir um canal direto com os funcionários para entender a legitimidade dos pleitos. Fomos direto para a mesa com os fornecedores. Tínhamos interesse legítimo em costurar uma solução que não abalasse as relações comerciais construídas ao longo de muitos anos.

Ao final, a conciliação veio com o pagamento pelo cliente de uma indenização fixa a cada fornecedor (infinitamente menor do que o risco potencial da chuva de ações trabalhistas), que ficaria encarregado de fazer acordos com seu pessoal direto na justiça trabalhista. O fornecedor que fizesse bons acordos poderia ficar com a diferença entre a indenização paga nos acordos homologados pela justiça e o saldo remanescente. Todos os fornecedores fizeram ótimos acordos, o pessoal dispensado recebeu apenas os valores justos e devidos e de uma forma rápida e as relações comerciais foram sendo restabelecidas com a melhora da economia.